» Notícias » Educação » Ler notícia

07/08/2006
Entrevista: Conheça o trabalho da APAE Caieiras

Entrevistamos a Presidente Marli e a Professora Maria Eulália em nossa visita a APAE
Na última semana, nossa Redação fez uma visita a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, em Caieiras. Conversamos com a Presidenta Marli, e com a professora Maria Eulália.

Redação – Há quanto tempo a APAE está em Caieiras?

APAE - A instituição de Caieiras existe há 21 anos, tem 2 unidades, uma é a escola e a outra o centro de reabilitação onde as crianças especiais fazem terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudióloga. No centro de reabilitação são atendidas até 700 crianças por mês, não são apenas crianças da escola APAE, mas de todo o município.

Redação - Como é a estrutura (prédio, funcionários, materiais) e sua manutenção: de onde vêm os recursos?

APAE – A APAE é mantida pelo governo federal, por uma subvenção da prefeitura do município. Através do telemarketing a população é convidada a colaborar. Organizamos um bazar onde se é vendido roupas doadas, bijuterias e chocolates feitas pelas próprias crianças da APAE, utilizamos isso como fonte de renda. Atualmente a APAE de Caieiras se encontra em reforma, estamos ampliando o espaço, a novidade nisso é que a prefeitura de Caieiras doou um terreno para a construção de um novo prédio e propôs cooperar com a construção deste, a idéia é construir a escola nesse terreno, passando assim o centro de reabilitação para o espaço onde é a escola atualmente, pois o local onde se localiza o centro de reabilitação é alugado.

Redação - O que deve fazer uma família que tem uma criança especial? APAE - Para famílias que tem crianças com tais necessidades a APAE recomenda entrar em contato com o centro de reabilitação (4445-1111) para marcar uma triagem, a criança será avaliada por uma assistente social, e por outros profissionais, a fonoaudióloga, fisioterapeuta, neurologista. Depois de passar por tais procedimentos, a família terá que aguardar em um fila de espera.

Redação - Como você vê a evolução do preconceito em relação a estas crianças ?

APAE - Ainda hoje pode-se notar o preconceito quando se trata de crianças com necessidades especiais, por exemplo quando batalhamos pela profissionalização dessas crianças, se tratando de deficientes físicos, como cadeirantes, surdos e mudos, cegos, não temos tanta dificuldade, o caso mais delicado são as crianças com deficiência mental. Em visitas que nós (professoras) fazemos pelas empresas, encontramos postos onde essas crianças seriam facilmente adaptadas que são cargos que exigem movimentos repetitivos, e mesmo assim os resultados são negativos. É necessária muita batalha das educadoras para que isso venha ser mudado, pois as empresas tem uma certa resistência de dar oportunidade a tais crianças.

Redação - Hoje as escolas já têm estrutura e preparo dos seus profissionais para atender estas crianças com necessidades especiais?

APAE - Há um grande problema a ser resolvido que é a falta de estrutura das escolas ao receberem crianças especiais. A grande preocupação é que tudo o que foi construído na APAE, seja em vão quando as crianças e a família se deparam com a falta de investimento na educação para atendê-las. O ideal seria uma reestruturação de ensino, onde professores com o currículo adaptado estivessem disponíveis e assim dar continuidade ao nosso trabalho.

Redação - Que mensagem vocês gostariam de passar para os leitores do jornal?

APAE - Gostaríamos de convidar a população para conhecer o nosso trabalho e realmente abraçar essa causa, contribuindo para um melhor aproveitamento dessas crianças. Para aqueles que já contribuem estão também convidados a conhecer onde esta sendo aproveitada a contribuição de vocês.


Redação A Semana