O aviso no ginásio de esportes João Odoni no bairro do Serpa, reflete a que estado chegou a administração municipal. Não é nenhuma novidade para quem acompanha os governos caieirenses que isso iria acontecer.
Concursos direcionados, legislação em causa própria, contratações em completo arrepio Lei, cabide de emprego, teve de tudo nos últimos vinte anos. Cada grupo político ora no poder colocou a sua “turminha”, tanto o poder executivo quanto o legislativo.
Óbvio que todas essas ilegalidades foram denunciadas pelo Tribunal de Contas e por Munícipes, as ações arrastaram-se e continuam se arrastando, uma delas estourou e condenou o Município a expurgar o excesso, algo em torno de setecentas cabeças a serem cortadas.
Indiscutivelmente nessas duas décadas o Município inchou sua folha de pagamentos, e também contratou via terceirização muitas empresas, algumas questionadas se executam realmente o serviço para o qual foi contratada.
Prefeitos protelaram como puderam as demissões, o problema é que agora com a ordem judicial na cabeça, Hamamoto não vai arriscar a dele. Estima-se que só a prefeitura tenha em torno de dois mil funcionários, fora as terceirizações que elevariam em mais quinhentas pessoas o contingente de trabalhadores, a Câmara atendendo também a ordem judicial já demitiu o excesso.
A Constituição é clara, fora os cargos de confiança a administração pública tem que contratar por concurso público, cuja necessidade deve ser plenamente justificada. Caieiras é pródiga em cargos de assessoria, houve época que um tratorista foi contratado como assessor. O caos vem de longe, foi agravado na gestão do ex-prefeito névio dartora e perdura.
A parte dura desse acerto de contas são os demitidos, em plena crise econômica e desemprego em alta, mas é bom lembrar que quando foram beneficiados ficaram quietos, não se preocuparam se a admissão estava correta, a lei de Gerson prevaleceu. Resta agora enxugar as lágrimas de crocodilo do carrasco de prontidão no poder.