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20/01/2011
Médicos de Portugal alertam sobre o diabetes

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12/1/2011 - Medicos de Portugal

O pé diabético é uma complicação importante da diabetes mellitus responsável por internações prolongadas e resultando, muitas vezes, na amputação dum membro inferior ou parte dele com as consequências humanas, económicas e sociais daí resultantes.



Para esta complicação contribuem duas situações essenciais: a neuropatia ou doença dos nervos periféricos e a isquemia ou doença das artérias que quando se associam a uma infecção o prognóstico de qualquer lesão nos pés é significativamente agravado.
O aparecimento destas situações está dependente da compensação da diabetes e da presença de outros fatores de risco, frequentes na população em geral e em número elevado de pacientes diabéticos, como a hipertensão arterial, o aumento das gorduras do sangue e o fumo.
A neuropatia faz com que o diabético perca a sensibilidade para estímulos comuns, como a sensibilidade dolorosa (deixa de sentir dores) e a sensibilidade térmica (deixa de sentir o calor), entre outras.
Todos sabemos o que acontece quando usamos um sapato que nos provoca uma bolha ou um calo ou quando nos aproximamos de uma fonte de calor. O diabético, perdendo estas sensibilidades, continua a caminhar com uma lesão num pé como nada se passasse ou a aproximar-se de um aquecedor ou a manter o contato com uma bolsa de água quente, colocada na cama, sem perceber a temperatura elevada.
Por isso surgem com frequência diabéticos com queimaduras ou outras lesões graves, quase sempre com infecção associada, detectadas por acaso por ele ou por alguém que lhe inspecionou os pés, infelizmente muitas vezes passados vários dias.
A isquemia, originando deficiente irrigação sanguínea, faz com que a pele se torne mais vulnerável a qualquer traumatismo e que a cicatrização de uma lesão seja muito mais lenta e muitas vezes dependente de uma intervenção cirúrgica que resolva o obstáculo que impede a adequada circulação do sangue arterial no membro inferior. Infelizmente muitas vezes a amputação é o destino final do membro ou de parte dele.
Cerca de 50% das amputações não relacionadas com traumatismos dos membros inferiores são efetuadas em pacientes diabéticos e quase sempre precedidas de uma lesão, na maioria dos casos provocada pelo sapato. O calçado foi criado para proteger os pés dos traumatismos e das agressões provocadas pelo calor mas, no diabético, quando inadequado pode comportar-se como um verdadeiro "inimigo".
A grande maioria destas amputações poderia ter sido evitada se fossem respeitadas algumas regras fundamentais. A principal arma contra as complicações dos pés dos pacientes diabéticos é, por isso, a prevenção que deverá ser usada por todos, pelos profissionais de saúde que lidam com estes pacientes, pelos diabéticos e seus familiares ou pelas pessoas que com eles convivem.
Esta prevenção deve ter em consideração importantes pontos: identificação dos pés em risco de lesão, isto é dos que apresentam neuropatia e/ou isquemia; inspeção e exame periódico dos pés, dos sapatos e das meias, em função desse risco; educação e ensino ao paciente, aos familiares e aos profissionais de saúde que lidam com diabéticos das normas consideradas essenciais; uso de calçado apropriado; tratamento da patologia não ulcerosa (calos, unhas e deformações).




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