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09/06/2011
Retinopatia: VEGF mostrou excelentes resultados

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Complicações do Diabetes
2/6/2011 - Fonte:

Pesquisa desenvolvida na USP mostra que medicamento propiciou menos aplicações de laser e pouca destruição da retina

Uma pesquisa do setor de Retina e Vítreo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP associou terapia a laser ao uso do medicamento anti-fator de crescimento endotelial (VEGF) no tratamento da retinopatia diabética proliferativa. O estudo, liderado pelo professor Rodrigo Jorge, da FMRP, conseguiu melhora do inchaço da mácula e maior preservação do campo visual dos pacientes atingidos pela doença.

Desde 1980, o tratamento de retinopatia diabética proliferativa é feito com aplicação de laser para cauterizar os vasos sanguíneos próximos à retina, que em função da doença sofrem sangramentos e podem levar a cegueira. " Entretanto, o laser que cauteriza esses vasos também destrói tecido sadio. Um efeito colateral desse tratamento a laser pode ser o inchaço da região central da retina, chamada mácula, que se localiza bem no centro do fundo do olho" , afirma o professor.

Na pesquisa liderada pelo professor Jorge, a associação do laser ao VEGF mostrou excelentes resultados. " O uso do medicamento é uma vacina, que possibilitou menor número de aplicações de laser e, consequentemente, há pouca destruição da retina. Ao mesmo tempo, há menor inchaço da mácula, mantendo um melhor campo visual" , afirma Jorge.

Prêmio

O estudo Panretinal photocoagulation (PRP) versus PRP plus intravitreal ranibizumab for high-risk proliferative diabetic retinopathy" , recebeu o prêmio " Lucentis de Retina e Vítreo" destinado ao melhor trabalho envolvendo assuntos relacionados a angiogênese retiniana experimental ou clínica, durante o XX Congresso da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, realizado em Campo Grande em abril deste ano.

A pesquisa contou com a participação do professor André Messias, que fez os exames de eletrorretinografia e comprovou ocorrer maior preservação das células neurais da retina. " Ele conseguiu captar maiores estímulos elétricos das células que estavam funcionando na retina, após o tratamento associado" , descreve o professor Jorge.

Os resultados da pesquisa são tema da tese de doutorado do pós-graduando José Afonso Ramos Filho e já foram aceitos para publicação em periódico Oftalmológico, o que deverá acontecer no segundo semestre deste ano.


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