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24/08/2008
Dieta para diebéticos

Nutrição & Diabetes


Dieta para Diabéticos
22/4/2008 - Portal Diabetes


Comer é essencial à vida, mas um diagnóstico de diabetes pode fazer o simples ato de comer parecer extremamente complicado.
Entretanto, um diagnóstico de diabetes não significa que você tem que entrar em uma “dieta diabética” restritiva. Significa apenas que você tem que prestar muita atenção ao efeito dos alimentos sobre o seu corpo. Quando você sabe como os alimentos afetam o seu corpo, você pode ajustar os tipos e quantidades que pode comer de modo a manter os seus níveis de glicose no sangue dentro da faixa considerada como normal.

Enquanto carboidratos, proteínas e gorduras são digeridos, eles são fragmentados em glicose, fazendo com que os níveis de glicose no sangue subam. Mas cada um desses nutrientes apresenta um metabolismo diferente em termos de velocidade de absorção, quantidade absorvida (são fragmentados no corpo em várias taxas,) afetando de forma diferente os níveis de glicose no sangue.

Os carboidratos são os nutrientes que mais afetam os níveis de glicose no sangue.
O corpo fragmenta aproximadamente 100% dos açúcares e amidos - dois tipos de carboidratos - em glicose em aproximadamente duas horas. No passado, era dito às pessoas com diabetes que elas não podiam ter qualquer açúcar na sua dieta e que os amidos eram saudáveis. Nós sabemos agora, entretanto, que o seu corpo fragmenta tanto o açúcar quanto o amido em glicose na mesma velocidade. De fato, é a quantidade total de carboidrato na sua dieta, não a fonte do carboidrato, que influencia significativamente os níveis de glicose no sangue.

As proteínas e as gorduras afetam menos os níveis de glicose no sangue do que os carboidratos. Aproximadamente 50% da proteína é eventualmente fragmentada em glicose, geralmente dentro de três a cinco horas.
Em torno de 5 a 10% da gordura que você come se transforma em glicose dentro de seis a oito horas. A gordura desempenha um papel na elevação da glicose no sangue pelo bloqueio da ação da insulina, aumentando o tempo que o alimento leva para viajar através dos seus intestinos.
Como resultado, a sua glicose no sangue pode não ser inicialmente afetada depois de uma refeição gordurosa, mas horas depois, ela pode subir significativamente. O álcool e os substitutos do açúcar, ou adoçantes, também podem afetar os níveis de glicose no sangue.

Para descobrir como carboidratos, proteínas e gorduras - em quantidades e combinações diferentes - afetam os seus níveis de glicose no sangue, faça experimentos com eles. Comece comendo como de costume. Então comece a introduzir uma variedade maior de alimentos.
Desfrute de tipos diferentes de carboidratos, de molho de tomate a batatas, biscoitos a feijões verdes, e de pão a mirtilos. Coma uma variedade de proteínas, de ovos a queijo e de peru moído a costela. Existem vários tipos de gorduras, de manteiga a margarina e de creme de leite a maionese.

Mantenha anotações detalhadas e precisas sobre as quantidades de alimentos que você come e a quantidade dos nutrientes no alimento, e teste freqüentemente os seus níveis de glicose no sangue para ver como o seu nível de insulina corresponde ao seu consumo de comida. Teste antes de comer e depois uma, duas, três e quatro horas após a refeição.
Como regra geral, tenha como objetivo uma glicose em jejum de 90-130 miligramas por decilitro (mg/dL); uma hora após a refeição, menos que 180mg/dL; duas horas após a refeição, menos que 160mg/dL; três horas depois, menos que 140mg/dL; e em quatro horas, ou antes da sua próxima refeição, novamente a 90-130mg/dL.

Com o tempo, você começará a perceber como o seu corpo responde ao alimento, especialmente aos carboidratos. Você pode descobrir que comer alimentos que contenham apenas carboidratos faz com que a glicose no sangue suba rapidamente, ou fique muito alta após a refeição. Os carboidratos em combinação com quantidades variáveis de gordura e/ou proteínas afetarão os níveis de glicose no sangue de forma diferente. Além disso, você pode descobrir que alimentos ricos em gordura elevam os seus níveis de glicose no sangue também. Você pode descobrir que comer em excesso (comer quando você não está com fome) faz os níveis de açúcar no sangue subirem rapidamente e ficarem muito altos.

Lembre-se: não importa a sua fonte, a insulina trabalha com o alimento que você come. O equilíbrio é o aspecto-chave do controle da diabetes. Se você come muita comida para a insulina que está disponível, o seu nível de glicose será muito alto; se você come muito pouco, o seu nível de glicose será muito baixo. Uma alimentação balanceada ajuda a controlar a diabetes.

Diabetes e açúcar
O mito de que os diabéticos não podem comer açúcar persiste até hoje. Aprenda mais sobre por que o açúcar não é o arquiinimigo do diabético.
Imagine que você não possa comer nenhum tipo de doce só porque tem diabetes. Continue lendo para saber como, gradualmente, os médicos chegaram a acreditar que açúcares simples podem ser uma fonte saudável de carboidratos em uma dieta balanceada para diabéticos.

Antes da descoberta da insulina, em 1921, o principal tratamento para a diabetes era a dieta. A dieta que os médicos passavam para os pacientes diabéticos era de baixo teor de carboidratos e calorias - basicamente, uma dieta de fome.
O diagnóstico da diabetes, naquela época, era uma sentença de morte; os pacientes morriam em dois anos tanto de fome quanto de cetoacidose, pelo acúmulo de ácidos decorrente da quebra da gordura substituindo o açúcar que não chega na célula pela falta de insulina.
A disponibilidade da insulina mudou tudo - mas não imediatamente. Na teoria, os pacientes diabéticos que tomavam injeção desse crucial hormônio agora poderiam comer batata, uma fatia de pão ou qualquer outro alimento rico em carboidratos sem medo de que seu nível de açúcar no sangue aumentasse. Entretanto, os médicos continuaram cautelosos em relação aos carboidratos durante muitos anos.
No início da década de 60, contudo, os cientistas mostraram que uma dieta com alto teor de carboidratos e baixo de gordura não apenas era segura para os portadores de diabetes, mas também ajudava a diminuir o colesterol.

Mesmo depois, a maioria dos médicos ainda achava que os pacientes com diabetes tinham que evitar os chamados carboidratos "simples", como açúcar de mesa, acreditando que esses adoçantes eram metabolizados com muita rapidez, aumentando o nível de glicose no sangue. Os médicos orientavam os pacientes a ingerirem carboidratos de alimentos ricos em amido, supondo que o corpo demorava mais para metabolizar esses carboidratos "complexos", o que significava que eles entrariam na corrente sangüínea mais gradualmente.
Nos anos 90, os pesquisadores demonstraram que tal fobia de açúcar não tinha fundamento. Estudos mostraram que o tipo de carboidratos que um diabético consome é menos importante do que a quantidade total de carboidratos que ele ingere em um determinado dia. Além disso, muitos diabéticos ainda acham que os alimentos que contêm muito açúcar, como balas, bolos e sorvetes, são estritamente proibidos.

Diabetes e carboidratos
Determinar a quantidade de carboidratos que é ideal para o seu corpo é fundamental para o gerenciamento dos níveis de glicose no sangue.
Batatas e feijões rajados. Cenouras e couve-flor. Pão de centeio e açúcar. Esses alimentos têm uma coisa em comum: todos são fontes de carboidratos, a fonte de energia preferida do corpo. Embora sejam formados apenas de carbono, hidrogênio e oxigênio, os carboidratos se apresentam em todas as formas e tamanhos. São encontrados nas frutas, verduras, grãos, feijões, laticínios e praticamente em tudo que comemos, exceto carne branca ou vermelha e as gorduras.

Diabetes, proteína e gordura
Embora a proteína e a gordura não afetem os níveis de glicose no sangue tanto quanto os carboidratos, elas são nutrientes essenciais para o corpo e afetam os níveis de glicose no sangue.
Se você tem diabetes, não é apenas do consumo de carboidratos que você precisa cuidar. As proteínas e as gorduras também exercem um papel importante na manutenção saudável dos níveis de glicose, assim como na manutenção de sua saúde em geral.

Diabetes e sal
A pressão alta acrescenta um esforço adicional sobre o já estressado corpo diabético. Aprenda mais sobre por que é importante reduzir o consumo de sal na sua dieta.
A diabetes e a hipertensão estão relacionadas de uma forma perigosa. Você pode desenvolver a hipertensão, ou pressão alta, tendo ou não diabetes. Mas, freqüentemente elas aparecem juntas porque as duas são conseqüência da obesidade. As pessoas obesas apresentam um risco muito mais elevado de ter diabetes e hipertensão (pressão alta).

O que isso tem a ver com o sal? A maior parte do sódio que você ingere vem do cloreto de sódio - o sal de cozinha comum. E o sódio pode fazer a pressão arterial subir em algumas pessoas. Não há como saber se sua pressão aumentará se você consumir uma grande quantidade de sódio, por isso, o ideal é consumir uma quantia menor desse mineral. Dependendo de sua dieta atual, isso pode significar que você precisa tomar algumas atitudes dramáticas. O corpo humano precisa apenas de 400 miligramas de sódio para manter o equilíbrio dos líquidos.

Entretanto, o americano típico consome mais de 3.000 miligramas por dia. O governo recomenda limitar o consumo de sódio a 2.400 miligramas por dia. Parece muito? Isso equivale ao sódio de aproximadamente uma colher de chá de sal de cozinha. Entretanto, o saleiro que fica na mesa é apenas uma pequena parte do problema.
O sódio é um mineral utilizado como conservante de alimentos. Comece lendo os rótulos das embalagens e você descobrirá que o sabor de muitos alimentos processados vem do sódio. Na verdade, de acordo com uma estimativa, 77% do sódio que os americanos consomem são de alimentos processados ou preparados industrialmente.

De onde vem todo o sal? Os alimentos salgados, como frios e cachorro-quente, sem dúvida, são fontes de sal. Mas outros são uma surpresa. Você sabia que uma torta de cereja pronta pode conter duas vezes a quantidade de sódio de uma pequena porção de batatas fritas? Algumas outras fontes de sódio com as quais devemos tomar cuidado (algumas são óbvias, outras, não) incluem:
Refeições de fast-food;
Sopas e verduras enlatadas (a menos que venha indicado baixo teor de sódio ou sem sódio);
Comidas congeladas;
Cereal e aveia instantânea;
Condimentos;
Picles;
Temperos;
Antiácidos.
Os nutricionistas dizem que o paladar humano em relação ao sal pode ser pouco conhecido. Diminua o consumo de alimentos ricos em sódio por algumas semanas e, no fim, seu paladar poderá se adaptar. Aqui vão algumas estratégias que o ajudarão:
Procure nas embalagens "pouco sódio" ou "sem sal" (você sempre pode acrescentar uma pitada);
Se comprar comida enlatada que esteja mergulhada em sal, enxagüe-a para remover um pouco do sódio;
Coma alimentos frescos, quando possível, e diminua o consumo de "comidas rápidas" ou processadas;
Seja criativo com as ervas e os temperos para incrementar a comida que, normalmente, pode ficar sem gosto se não tiver sal;
Não vá colocando sal automaticamente na comida sem antes experimentá-la - você pode se surpreender; faça o mesmo antes de adicionar condimentos salgados;
Diga ao garçom que você quer sua comida sem glutamato monossódico (MSG) ou ingredientes com alto teor de sódio.


Diabetes e controle de peso

Estar acima do peso aumenta a resistência à insulina, tornando mais difícil para os diabéticos controlar os níveis de glicose no sangue e tornando mais provável que pessoas sem diabetes a desenvolvam. Aprenda mais sobre como o peso afeta a diabetes.
As taxas de diabetes do tipo 2 estão subindo nos Estados Unidos. As cinturas norte-americanas estão crescendo. Se você pensa que a ocorrência simultânea dessas duas tendências é uma coincidência, então precisa de uma análise rápida da ligação entre gordura e açúcar no sangue: as pessoas com gordura em excesso tendem a desenvolver resistência à insulina.

Quanto mais gordo você fica, mais teimosamente as suas células resistem à insulina, provocando o aumento do açúcar no sangue. Se você perde peso, a resistência à insulina diminui, aumentando os níveis de glicose no sangue e reduzindo o risco de doença cardíaca.
Se você tem problema de peso, pode fazer brincadeiras dizendo que os seus pneuzinhos são "charmosos" e que a bagagem extra que está carregando é inofensiva. Mas o seu médico pode pensar diferente. Os cientistas desenvolveram uma medição conhecida como o índice de massa corpórea (IMC) que ajuda os médicos a determinarem quando o peso do paciente ameaça a sua saúde. Quanto maior for o IMC, maior o risco para doença cardíaca e outros terríveis problemas.

Ao contrário da leitura da sua balança, o IMC expressa se o seu peso é ou não proporcional à sua altura. Os centros para controle e prevenção de doenças usam as seguintes orientações para interpretar os resultados de IMC para adultos com mais de 20 anos:


você está acima do peso se o seu IMC estiver entre 25 e 29,9.
você está obeso se o seu IMC for 30 ou mais.


Para saber o seu índice de massa corpórea, primeiro você precisa se pesar. A fórmula para calcular o IMC é:
IMC = peso / (altura)2

Uma pessoa que pesa 86kg e tem 1,74m de altura, deve ter um IMC de 24,71. Aqui está o cálculo:


86kg divididos por (1,74)2 = 24.71


Faixa de peso IMC considerado
abaixo de 18,5
abaixo do peso
entre 18,5 e 25
peso normal
entre 25 e 30
acima do peso
acima de 30
obeso



Diabetes e perda de peso
Perder peso pode diminuir a resistência à insulina, tornando mais fácil o controle dos níveis de glicose no sangue.
Qual é a última novidade em perda de peso esse ano? Poucos carboidratos, muitas proteínas, sem gordura? Sopa de repolho? Martinis e creme de leite? Se você pensa que estamos brincando sobre essa última, saiba que era o título de um livro, de dieta, que foi popular nos anos 60. Embora esses livros geralmente retratem a perda de peso como um processo complicado que exige cuidados com as etapas que devem ser seguidas, não há nada de misterioso sobre perda de peso.
Você simplesmente tem que queimar mais calorias do que come. Mas você alguma vez refletiu sobre o que é caloria? O alimento é o combustível para o corpo. Enquanto as suas células queimam combustível, elas criam energia, permitindo que você ande, fale, pense, pisque, e faça tudo que precisa durante a sua vida diária. Os cientistas usam calorias para medir a quantidade de energia contida em um alimento ou bebida.

Isso significa que uma lata de refrigerante (150 calorias) é uma fonte melhor de energia do que um talo de aipo (6 calorias)? Não exatamente. A quantidade de energia que o seu corpo queima é medida em calorias também.
A menos que você seja muito ativo, consumir muitos alimentos altamente calóricos faz com que o corpo armazene combustível não usado na forma de gordura, normalmente nos seus quadris, coxas e nádegas. Para perder os pneuzinhos e outros depósitos indesejáveis de gordura você tem que criar um déficit calórico - ou seja, consumir menos do que queima. Para perder meio quilo, você tem que criar um déficit de 3.500 calorias.
Entretanto, como qualquer um que já tenha feito dieta sabe, se perder peso pode ser um desafio, mantê-lo baixo é a tarefa mais difícil. Você terá uma chance maior de sucesso se trabalhar com o seu nutricionista para preparar um plano de perda de peso que identifique qual alimento comer, quantas calorias consumir por dia, e uma meta razoável de peso a atingir.Um objetivo saudável de perda de peso é de meio quilo a um quilo por semana até que você alcance o peso alvo.
Embora uma dieta cuidadosamente planejada seja essencial, ela é apenas a metade de um plano para perda de peso. Fazer bastante exercício é a outra metade.

Por fim, consulte um profissional nutricionista !

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