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31/08/2009
Diabetes: Insulina não é o bicho papão

Tratamento
26/8/2009 - Diabetes

Todo mundo, em algum momento de sua infância, já sentiu medo de bicho-papão. Para alguns diabéticos, a figura do bicho-papão ressurge no momento em que eles ficam sabendo que terão de tomar insulina. Como na meninice, o medo desaparece assim que o tratamento começa e a realidade mostra as melhoras que a insulina pode proporcionar.

Segundo o endocrinologista Walter Minicucci, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e autor do livro "O que fazer em situações especiais", o medo da insulina aparece tanto em diabéticos tipo 1 como tipo 2 e tem várias razões, desde o receio em relação ao uso da agulha e a dor eventual que ela pode provocar até a interpretação equivocada de que o tratamento pode levar ao surgimento de complicações.

"Em geral, é a criança que mostra medo em relação à agulha", afirma Minicucci. Para lidar com essa situação, o especialista desenvolveu um método que tem apresentado bastante resultado. Ele começa demonstrando o uso da seringa na mãe - obviamente, sem o conteúdo de insulina - e, depois, no pai. Se a criança não se convence de que não há dor, ele propõe um jogo: a criança usa a seringa nele, médico, e ele faz a aplicação na criança. Outra sugestão do médico é a utilização da caneta de aplicação, que oferece maior conforto.

No caso do diabético tipo 2, Minicucci diz que o medo da insulina leva muitas vezes o paciente a adiar o início de um tratamento que lhe traria ganhos em qualidade de vida. Muitos chegam até a "fugir" do médico se ele indica o uso de insulina como forma de tratamento. A alegação é, em alguns casos, que a insulina é responsável pelas complicações do diabetes. "Esse é um grave erro de interpretação, uma vez que as complicações surgem em função do mau controle e o uso da insulina, que melhora esse controle, só contribui para retardar e mesmo evitar o surgimento de sequelas", afirma Minicucci.

Outro receio refere-se à ocorrência de hipoglicemias. "A hipoglicemia pode realmente acontecer quando se usa insulina e a maneira correta de diminuir essas ocorrências é fazer o monitoramento constante", explica Minicucci. Para os pacientes que se mostram avessos ao uso da insulina, o endocrinologista propõe um teste: utilizar o medicamento durante um mês. O resultado é que, após esse período, o diabético percebe melhoras tão significativas que passa a adotar o tratamento sem receios.

Minicucci lembra ainda que alguns pacientes não podem dispensar o uso da insulina e isso acontece não só com diabéticos tipo 1, mas, também, com grávidas com diabetes e pessoas gravemente enfermas ou que vão ser submetidas a grandes cirurgias. Em alguns casos, a insulina poderá ser suspensa, como por exemplo após a cirurgia e após o parto, depois de cessado um processo infeccioso ou depois de emagrecimento.

Fonte : Diabetes Nós Cuidamos

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