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07/05/2010
Frieira no diabético

Noticias

Complicações graves
30/4/2010 - UOL

Frieiras costumam incomodar, mas muita gente não se preocupa em tratá-las. A ardência que elas causam pode ser insignificante --o pior é um risco que muita gente ignora: de que por meio da frieira penetrem na pele bactérias que provocam erisipela.

Essa doença, mais comum em pessoas com mais de 50 anos, diabéticos e obesos, é provocada por micróbios que aproveitam qualquer abertura na pele --ferimentos, queimaduras e micoses, por exemplo-- para invadir o organismo. Eles chegam à camada mais profunda da pele, a hipoderme, atacam os vasos linfáticos --canais espalhados por todo o organismo por onde circula um líquido transparente, amarelado ou incolor que contém glóbulos brancos-- e liberam toxinas que causam febre alta, náuseas e mal-estar.

A bactéria Streptococcus é a principal causadora da doença, mas ela também pode ser provocada por outro tipo de bactéria, chamada estafilococos. Elas vivem no ar e estão presentes em qualquer ambiente, embora sejam mais comuns em praias e áreas rurais, segundo o médico Leonardo Abruccio, dermatologista do Hospital Santa Catarina, da capital. Após invadir o corpo, elas infeccionam os vasos linfáticos, o que gera uma mancha avermelhada na pele da região afetada. Essa mancha incha e aumenta conforme as bactérias vão se proliferando. Os membros inferiores --pés e pernas-- são as áreas atingidas com maior freqüência (até 80% dos casos), mas o rosto é outro alvo comum.

O principal sintoma da doença é a mancha na pele, mas simultaneamente a vítima sofre náuseas, febre alta, vômitos e mal-estar geral. Os sintomas costumam surgir de três a sete dias após a contaminação. A dificuldade de locomoção e a perda de apetite são outros sintomas, mais freqüentes em estágios avançados da doença.

Se não houver tratamento, a erisipela vai se agravando e em poucos dias pode gerar complicações graves, como infecção generalizada (septicemia) e trombose, e levar à amputação do membro afetado e até à morte. "Esse agravamento demora poucos dias, daí a importância de buscar tratamento imediato", alerta Leonardo Abruccio.

O diagnóstico é feito por meio de exame clínico. "Geralmente não são necessários exames laboratoriais", ressalta Luiza Keiko Oyafuso, dermatologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

O tratamento é feito com antibióticos e, quando a doença atinge pés ou pernas, recomenda-se que o paciente mantenha-se em repouso e com esses membros elevados.

Após o tratamento, é possível que a doença reapareça, especialmente se os fatores de risco --obesidade, micoses e diabetes não controlada, por exemplo-- não forem combatidos.
 


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