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24/05/2010
Diabéticos, resistência em se tratar

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Diabetes tipo 1 e 2.
20/5/2010 - Diabetes

O bom controle da glicemia, essencial para os portadores de diabetes que desejam ter uma vida saudável, é consequência de fatores diversos como o uso de medicamentos, prática de exercícios e a adoção de uma alimentação apropriada, entre outros. Seguir esses passos, porém, nem sempre é coisa fácil e depende bastante de a pessoa ter aceitado sua condição de diabética e de aprender a conviver com ela.

De modo geral, o ser humano tem muita dificuldade de aceitar qualquer doença, explica o psicanalista Paulo Roberto Sauberman. Essa dificuldade é ainda maior quando a doença não tem cura, mesmo que ela não apresente risco iminente de morte, como é o caso do diabetes, porque implica a preparação do indivíduo para uma vida inteira de restrições alimentares e de uso de medicamentos.

“A natureza humana não convive bem com isso e, dependendo do grau de narcisismo da pessoa, essas restrições podem ser muito mal aceitas”, acrescenta Sauberman.

Segundo o psicanalista, a melhor aceitação de uma doença crônica está ligada à vida psicológica da pessoa, à maior estabilidade de sua auto-estima. Quanto menor a auto-estima, maior o narcisismo e maior resistência à adaptação a uma nova condição de vida.

Dificilmente, reconhece o médico, uma pessoa que tenha problemas de aceitação de sua condição de diabético ou de portador de qualquer doença crônica procura tratamento psicanalítico apenas por esse motivo. No caso do diabético, porém, ele costuma estar bem assistido porque a maioria dos serviços de atendimento a esse doente conta, hoje, com uma equipe multidisciplinar em que um dos integrantes é um psicólogo com a tarefa de dar o suporte necessário para que a pessoa enfrente sua nova situação.

“O médico, sua equipe e a família precisam ter paciência com o diabético que apresenta dificuldade de aceitação de sua condição e não são eficazes as atitudes ‘terroristas’, em que se procura convencê-lo da necessidade de aderência mostrando as consequências possíveis do descontrole”, explica Sauberman.

Segundo o especialista, numa situação de revolta e manifestação de desinteresse em seguir o tratamento, a equipe médica, além de envolver o atendimento por um psicólogo, deve chamar a família a atuar como um agente também em favor do convencimento do paciente, que deve ser tratado com delicadeza, compreensão e carinho.




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