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07/03/2024
Aranhas perigosas

Segundo o Ministério da Saúde, entre 2017 e 2021, foram registrados 168 mil casos de envenenamento por aranhas, gerando 92 óbitos (Crédito: Reprodução/Redes Sociais/Ellen Martins)

Redaçãoi

06/03/2024 - 11:01

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Uma criança de três anos foi picada por uma aranha-armadeira, considerada uma das mais venenosas do mundo, dentro de casa em uma residência de Minas Gerais. A informação foi compartilhada no dia 27 de janeiro pela influenciadora Ellen Martins e viralizou nas redes sociais. A mulher conta que o filho estava brincando quando foi ferido no dedo pelo animal.

Segundo a influenciadora, a criança teve uma reação alérgica e começou sentir muita dor no local da picada. Ellen Martins explicou que o menino teria sido medicado e acordou melhor. A mulher afirmou ter achado outra aranha morta em lugares onde o filho brincava.

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Confira o vídeo:

 

Apesar de muitas aranhas produzirem veneno, apenas algumas dessas toxinas representam um risco à saúde pública, segundo o Ministério da Saúde. Conforme a pasta, no Brasil, as aranhas mais letais e consideradas como de interesse à saúde pública são: a marrom, a armadeira e a viúva-negra.

De acordo com a revista Nature, a aranha-teia-de-funil é frequentemente considerada o espécime mais venenoso do mundo. A picada do animal, que é nativo da Austrália, tem a capacidade de causar uma síndrome de envenenamento que pode ser letal aos seres humanos.

No Brasil, entre 2017 e 2021, foram registrados 168 mil casos de envenenamento por aranhas, gerando 92 óbitos. A maior parte dos casos, equivalente a 53,5% do total, foi contabilizado na região Sul do território nacional.

Aranha-armadeira

Conforme o Ministério da Saúde, a segunda espécie de aranha que mais causou envenenamento foi a aranha-armadeira, que ocasionou cerca de 23 mil casos e 11 mortes, contabilizando uma letalidade de 0,05%.

De acordo com a pasta, a aranha-armadeira, diferentemente das outras duas espécies consideradas como risco à saúde pública, possui um comportamento agressivo e pode saltar 40 centímetros de distância. Esses animais atingem, em média, 15 centímetros de envergadura. Entre 2017 e 2021, a maior parte dos casos foram registrados entre janeiro e abril.

Aranha-marrom

Segundo as estatísticas do Ministério da Saúde, o gênero que compreende as aranhas-marrom e aranhas-violino foi o maior responsável por casos de envenenamento e óbitos no Brasil, contabilizando 39,4 mil incidentes que culminaram em 37 mortes. Uma letalidade que chega a 0,09%.

Ainda de acordo com a pasta, esses animais não são agressivos e tendem a picar seres humanos apenas quando se sentem ameaçados ou são comprimidos pelo corpo. Tais espécies possuem hábitos noturnos e chegam, em média, aos três centímetros de comprimento.

Viúva-negra

Entre as aranhas que integram o grupo de risco à saúde pública, a que teve menos incidência de casos entre os anos avaliados por boletim do Ministério da Saúde foi a viúva-negra, que ocasionou o envenenamento de 851 pessoas e uma única morte, gerando uma letalidade equivalente a 0,12%.

A espécie é composta por animais que não são agressivos e tendem a viver em grupos. As fêmeas podem chegar a dois centímetros enquanto os machos atingem, em média, um tamanho que varia de dois a três milímetros.

O que fazer caso seja picado?

Ao perceber uma picada de aranha, o ferido deve lavar o local e usar compressas mornas, o que iria aliviar a dor. Além disso, o serviço médico mais próximo deve ser procurado e caso seja possível, o paciente precisa levar a aranha ou uma imagem nítida do animal para que a espécie seja identificada e o soro correto administrado.

Para se prevenir, é recomendado que jardins e quintais sejam mantidos limpos, além de evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e material de construção. Roupas e sapatos devem ser sacudidos antes de colocados já que as aranhas tendem a se esconder em tais pertences. O Ministério da Saúde também adverte para que as pessoas não coloquem as mãos em buracos de tronco podres ou pedras.


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