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13/09/2018
Entrevista com Maurício Freire

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“Temos que ensinar o preso a ter uma profissão”, diz Maurício Freire

“Penso da seguinte maneira: no momento em que eu, como policial, não consigo proteger as pessoas em suas casas, não posso impedi-la de ter o livre arbítrio de possuir uma arma. Para se defender e defender sua família. Só que para possuir um armamento é preciso respeitar regras e ter treinamento”

Como isso poderia acontecer?
Eu nunca entendi, desde a época da faculdade, o livre conhecimento jurídico, no qual cada um pode interpretar a lei da forma que quer.
A legislação não pode dar margem para que isso aconteça. Tem que haver uma legislação efetiva e a certeza do cumprimento da pena. O preso que hoje está lá, deveria produzir a própria alimentação. Nós tínhamos que ensinar o preso do sistema a ter uma profissão, pra quando sair de lá ter uma opção de não voltar a delinquir.
Hoje ninguém levaria um egresso para casa ou para empresa.

Qual a sua opinião sobre o desarmamento da sociedade?
Pensa da seguinte maneira: no momento em que eu como policial, não consigo proteger as pessoas em suas casas, não posso impedi-lo de ter o livre arbítrio de possuir uma arma. Para se defender e defender sua família. Só que para possuir um armamento é preciso respeitar regras e ter treinamento.

O senhor acha que a intervenção militar autorizada pelo presidente Michel Temer para o Rio de Janeiro caberia também para outros estados, especificamente para São Paulo?
Em São Paulo ainda temos índices de criminalidade muito bons. Estamos num paraíso em relação ao Brasil como um todo. No entanto queremos o índice zero de criminalidade. Agora, só a polícia não vai resolver. Precisamos unir as forças do bem. Todos nós fazemos parte das forças do bem. O policial faz o seu trabalho, o Estado também tem que se fazer presente em vários locais se ele, o Estado, não dá condições de Educação, Saúde, sanidade, fica difícil para as pessoas sobreviverem e elas buscam sobrevivência.

De que forma o Estado pode estar mais próximo das pessoas?
Existe um trabalho que começou com os conselhos comunitários de segurança e hoje vai para a vizinhança solidária, que é o trabalho feito no bairro, onde todo mundo ajuda a tomar conta do bairro. Posso não saber o que acontece dentro da sua residência, mas se eu vir uma pessoa numa atitude suspeita, tenho a obrigação de alertar você e também a polícia, pra que ela cheque para garantir a sua segurança. São as forças do bem agindo juntas.

 



JAS