21/12/2007
Radicalismo

Modificação só existe no imediatismo de cada um conquanto seja na mesma rotina monótona. Às vezes, como um brinde das esferas, um facho de lucidez momentânea desligando o automatismo de alguém, o coloca na interrogação sobre a sua existência: Valerá a pena tudo isso da minha vida? Não serei também do mesmismo de todos? Se assim cada um se perguntasse poderia se perceber como é enquadrado nos mesmos paradigmas vividos por outros. As duas perguntas repercutem entre os inconformados com as suas situações e anseiam por tentar modificá-las. O se perceber vazio de valores já é um solavanco para abandonar, mesmo aos poucos, o viver desperdiçado nos mesmos hábitos enfadonhos do igualar dos dias tornados constância sem mais nada poder acrescentar de útil.

Quando nos tornamos independentes dos hábitos diários, inclusive daqueles com relacionamentos humanos, outros podem vir substituí-los como sendo mais úteis para atender a inconformada situação sentida. Nessa mudança de hábitos, pessoas envolvidas com os anteriores, elas podem se sentir preteridas e se magoarem vendo-se ausentes nos hábitos substitutos dos antigos. Entretanto, se eram habituais poderiam possuir diversificações para alterar seus jeitos de ser como as conhecemos e então, nos acrescentar inovações? Mais provável a resposta é não. O “doa a quem doer” é imprescindível para quem anseia desprender-se dos mesmos costumes e mesmo das pessoas quando já podem ser considerados empecilhos por quem desperta para o desejo de uma transformação na vida.

Altino Olímpio

Leia outras matérias desta seção
 » Nesta época quantos iluminados existem no mundo?
 » Opiniões ou conclusões impopulares
 » Turismo na UPA de Perus
 » A solução
 » No mundo existem crédulos e incrédulos
 » Joana d’Arc (1412 – 1431)
 » Foram tempos de fascinação
 » Não vou, é muito longe
 » Somos acúmulos do que mentalmente recepcionamos
 » Quando a vida é bela ou cor de rosa?
 » Reflexões 
 » Só sei o pouco que sei e mais nada
 » Conversa entre amigos do antigo Orkut
 » O “me engana que eu gosto” é sempre atual
 » A mulher do ai, ai, ai
 » Quando nós seremos nós mesmos?
 » Viver muito cansa?
 » A aventura de viver
 » Esquecidos, o céu, o sol e a lua 
 » Uma lembrança que a memória não esqueceu

Voltar