Nossos sentidos
Neste mundo o homem tem como seus atributos a visão, a audição, o tato, o paladar e o olfato para interagir com o seu meio ambiente ou sobreviver nele, neste mundo. Além dessas faculdades natas, ele pode também se beneficiar do seu raciocínio para realizar ou resolver os seus problemas. Tem a sua memória para armazenar informações dos seus estados presentes ou das experiências vividas no passado. O homem tem também o poder de exercer a imaginação, isto é, criar ideias ou fatos fictícios que não correspondem com a realidade, como por exemplo, para escrever um livro de ficção.
Atualmente parece que muitos deixaram de lado seus raciocínios para aceitarem a influência de outros que os escravizam com suas narrativas mentirosas para subjugá-los a seus propósitos, sejam eles políticos, como bem se observa nestes dias tão tumultuados. Se o raciocínio fosse sempre usado, os homens poderiam rejeitar até as crenças, que, sendo incoerentes, elas deixariam de os iludir como os iludiram desde sempre.
É preciso ter muito cuidado em acreditar com o que esteja “além” da capacidade do ver, do ouvir, do tatear, do paladar e do olfato que são os nossos cinco sentidos. Talvez deveríamos ou devêssemos ter outros sentidos para podermos aceitar também o que muitos acreditam e que apenas só ficam no acreditar porque assim querem. Melhor é viver mais pelo que os nossos sentidos objetivos nos fazem aceitar como verdade, embora, que, eles ás vezes também nos enganam. Mas, pelo menos, eles nos libertam das ilusões e superstições que permeiam os nossos pensamentos e nos mantém enganados.
Altino Olímpio
O chutômetro
Pode-se mesmo pensar que muitas das teorias científicas da origem do Universo foram consideradas pela análise ou observação pelo chutômetro da mente de vários cientistas. Também o considerar que o Universo foi uma criação da mais importante autoridade espiritual de lá do céu também tenha sido a proeza do chutômetro que sempre está a socorrer a falta de respostas do que se quer saber e não se sabe e nunca se saberá. Parece que o chutômetro é como o “coringa” das cartas do baralho que pode substituir qualquer outra carta quando necessário para não perder o jogo e continuar participando dele. E assim, o chutômetro serve para ser ou substituir a resposta que nunca se tem e nunca se terá.
E inimaginável como o chutômetro é atuante neste mundo onde bilhões de pessoas se sentem confortáveis com o que acreditam existir e que “talvez” não exista. O problema é que desde tempos imemoriais, num chutômetro qualquer vieram a imaginar que existe um outro mundo, aquele “tão conhecido” que é invisível e inacessível enquanto ainda estivermos vivos, e que, para lá retornaremos quando também ficarmos invisíveis. Muitos seres humanos, como se fossem papagaios, gostam de repetir para outros tudo aquilo dito que outros já lhe repetiram sobre o que nunca viram e nunca verão que seja pertinente ou oriundo do mundo do além que ainda só é imaginário e sem comprovação.
Altino Olímpio