18/04/2008
Espiritualidade



Espiritualidade significa uma condição em que o ser humano perceba e sinta a força que lhe é a vida e permeia todos os seres vivos. O “vigiai, vigiai sempre” é estar sempre consciente dessa força ou energia. Constrita interiormente, a força, energia ou vida, constituída como consciência é o único poder imaterial a se expandir para os confins num imiscuir com o silêncio, nele se perder, desaparecer, nele deixar de ser para apenas inconsciente também ser ou pertencer aos fluxos contínuos, perpétuos, sendo eles a causa que promove, produz todos os efeitos, todas as manifestações materiais e imateriais do universo.

Decifrado como indecifráveis e nem são para ser, as emanações dos fluxos de todas as criações são para o esforço de tentar senti-las, tentando conceituá-las como comprovação de seus poderes universais criativos e esse privilégio só é restrito ao ser humano quando ele quer. Sendo arbitrário, quando ele se destina a infiltrar e se esquecer no firmamento diariamente, isso, o eleva ao poder de subestimar o mal. Atrai para si a alegria de viver e quando na emoção seus olhos ficam marejados é a humildade sincera brilhando neles.

Com o amor já não mais carnal sendo irrestrito pela humanidade e por todas as criaturas, sente como se emprestasse seus olhos para através deles a vida assistir a humanidade só a si mesma assistir. A solidão agora é a única companheira no ver a desunião entre os homens pelo efeito de serem inconscientes da unidade entre eles quando a vida é a mesma neles. Pressente que todo sofrimento humano seja apenas um sonho antes do despertar para a realidade do viver impessoal. Viver menos pelo agraciar do intelecto e do corpo e mais viver pela essência imaterial que sempre é paz e nada a afeta. Ela é a comunicação silente e anônima com a vida a mais se expressar como a ainda única realidade vivenciável para nós, embora, incompreensível ainda como assim também é o seu propósito. É independente dos “enxertos” incertos que o raciocínio humano, apenas humano, tenta lhe acrescentar antes ou depois da morte.


Altino Olímpio

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