22/09/2011
O tempo sempre desmente

O tempo sempre desmente

Uma instituição do passado e ainda em vigor, embora, menos comentada agora esteve a atrair muitos desejosos de desenvolver o tal do poder mental. Numa rua do centro da cidade de São Paulo, os mais “evoluídos ou poderosos mentais” dessa instituição mantinham num prédio velho uma sala contendo uma mesa comprida com várias cadeiras de cada lado dela sendo uma defronte a outra e mais uma num dos extremos da mesa. Parecia uma referência ao Jesus e seus apóstolos. Os ocupantes dessas cadeiras bem intencionados que eram como também, eram crédulos em seus poderes, promoviam a distância pelo poder do pensamento, curas e soluções para seus peticionários. No centro da mesa (isso vi e alguns eu li), dum amontoado de papeis ou bilhetes, em cada um estava escrito o mal sofrido por alguém e o pedido para repará-lo ou afastá-lo.  Essa mesma instituição todos os dias às dezoito horas, por alguns momentos mantinha uma comunhão de pensamentos entre seus afiliados com o intuito de “irradiar” ondas mentais de paz e harmonia entre os homens. Uma das propostas da instituição é o concorrer (na medida das forças de cada um) para que a harmonia, o amor, a verdade e a justiça se efetivem cada vez mais entre os homens. Poderosos não? Mas, vamos dar uma olhada rápida para ver como está este nosso país. Temos, conforme os noticiários, corruptos e bandidos por todos os lados. Assassinatos, estupros, assaltos, sequestros. Religiões cobrando pedágio para interceder junto a Deus e etc. Então, fracassou a vibração mental de paz e harmonia entre os homens? Não para aqueles xucros do sempre a dizer: Se não fossem eles a “coisa” estaria pior. Pior ainda? Isso seria possível? Sobre a verdade e a justiça... Por onde andam essas duas? E aqueles da mesa comprida? Diante de tantas doenças que afetam os brasileiros não teriam também alguns deles sucumbido por causa de algumas delas? Opa, isso não é ético questionar. Muitas sociedades esotéricas prometem desenvolver poderes em seus adeptos. Nunca vi alguém “afortunado” assim. Sei que muitos outros viram e vão continuar vendo, mas, eu não. Sabe-se que os “homens acreditam muito no que eles querem acreditar”. Essas crianças não sabem, mas, tudo é facilitado para se fundar legalmente qualquer organização, seja ela esotérica, mental, e etc. porque elas estão a colaborar com o distrair de uma parcela do povo. Aquela parcela dos “escolhidos, dos merecidos” a se sobressaírem dos demais, estes, até adjetivados de profanos por não almejarem a evolução mental ou a tal de evolução espiritual. Bem dizia o Rei Salomão: É tudo vaidade das vaidades (risos). Hoje em dia os meios de comunicação e o sistema vigente estão a arrebentar a capacidade mental do povo e este, parece feliz assim. Nenhuma vibração mental vinda dos bem intencionados e donos de “mentes poderosas” poderão reverter essa situação alarmante de desarmonia, doenças, mentiras e injustiças. Entretanto como estamos na situação do “faz de conta” que é, mas, não é, então, tudo é válido. Pelo menos a vida não fica tão monótona. Mas o tempo... Esse malvado inimigo das ambições humanas impossíveis, sempre estará a contrariá-las com o surgir dos efeitos adversos. Só não percebe quem não quer perceber.

                                                                                                   Altino Olympio


Altino Olímpio

Leia outras matérias desta seção
 » Nesta época quantos iluminados existem no mundo?
 » Opiniões ou conclusões impopulares
 » Turismo na UPA de Perus
 » A solução
 » No mundo existem crédulos e incrédulos
 » Joana d’Arc (1412 – 1431)
 » Foram tempos de fascinação
 » Não vou, é muito longe
 » Somos acúmulos do que mentalmente recepcionamos
 » Quando a vida é bela ou cor de rosa?
 » Reflexões 
 » Só sei o pouco que sei e mais nada
 » Conversa entre amigos do antigo Orkut
 » O “me engana que eu gosto” é sempre atual
 » A mulher do ai, ai, ai
 » Quando nós seremos nós mesmos?
 » Viver muito cansa?
 » A aventura de viver
 » Esquecidos, o céu, o sol e a lua 
 » Uma lembrança que a memória não esqueceu

Voltar