31/03/2015
Você não é você

Você não é você

Você é tudo o que fizeram de você.
Desde o seu nascer e durante o seu viver
Você só esteve a aprender o que lhe foi ensinado.
De ti mesmo o que você aprendeu?
Nada! Aprendeu só o que dos outros aprendeu.
Você pensa que tem seus pensamentos
Mas, todos eles já foram pensados por outros.
Pensamento seu seria se fosse único, original
E de original sei que nenhum pensamento você tem ou teve.
Pensamentos ainda impensados nunca lhes ocorreram.
O que você aprendeu que outros não tenham aprendido?
Nada! Tudo o que você sabe é de domínio público.
Vale à pena dar-se a entender de sabido para outros
Com o que já é sabido por muitos deles?
Você quando está pensando que você é você
Nem desconfia que tu sejas uma imitação.
Tudo o que quer ou que não quer
Já foi o querer e o não querer de outros.
Quem seria você se desaprendesse tudo o que dos outros aprendeu?
Você seria uma nulidade corporal sem qualquer expressão.
Não existe alguém que seja alguém por si só.
Se existisse seria um alguém sendo ninguém.
Entretanto, você é você de verdade, mas, corporalmente.
Tua fisionomia é própria e diferente dos demais
Tens um nome e quando o ouve você diz: sou eu.
Sendo assim você é mesmo você.
Mas, não fale nada, se contenha, porque...
Iria me falar de fatos que outros já estão fartos de falar.

                                                                 Altino Olympio



Leia outras matérias desta seção
 » Opiniões ou conclusões impopulares
 » Turismo na UPA de Perus
 » A solução
 » No mundo existem crédulos e incrédulos
 » Joana d’Arc (1412 – 1431)
 » Foram tempos de fascinação
 » Não vou, é muito longe
 » Somos acúmulos do que mentalmente recepcionamos
 » Quando a vida é bela ou cor de rosa?
 » Reflexões 
 » Só sei o pouco que sei e mais nada
 » Conversa entre amigos do antigo Orkut
 » O “me engana que eu gosto” é sempre atual
 » A mulher do ai, ai, ai
 » Quando nós seremos nós mesmos?
 » Viver muito cansa?
 » A aventura de viver
 » Esquecidos, o céu, o sol e a lua 
 » Uma lembrança que a memória não esqueceu
 » Tempos felizes de molecagens

Voltar