05/06/2017
Todos ficam presos na rede

A internet com suas redes sociais, Face book, telefone celular e o moderno aplicativo Whatsapp, estão a demonstrar a “necessidade” que muitas pessoas de hoje têm para se comunicarem. Isso não estaria dispensando cada vez mais as presenças nos contatos mais íntimos de amizade? Ou, por outro lado, as ausências de contatos físicos não estariam sendo compensadas por esses meios atuais de comunicação à distância? Nessa comunicação tão em evidência quando cada um precisa desabafar, precisa ter alguém com quem conversar, não existe aquele “se olhar nos olhos e a aproximação daquele prestar atenção ao que se ouve do outro”. Nestes tempos de tecnologia avançada, muitas pessoas vivem muitos momentos de seus dias substituindo o viver real pelo viver virtual. Mas, o viver virtual tem “existência aparente” e não é objetivo como é o viver real.

 

O de agora fantástico viver virtual dispensa o estar de “corpo presente” nos relacionamentos humanos. Ele facilita qualquer um a se comunicar com qualquer um e até faz pensar que não mais se é qualquer um (risos). Basta, para isso, ter “amigos” virtuais através das redes sociais. Isso pode ser entendido como o afastar da solidão? Seria para preencher momentos de ociosidade? Tais conversas, tais mensagens, postagens e comentários pelo contato virtual, seriam mesmo indispensáveis para alguém se sentir importante para si e para outros? Percebe-se hoje uma muito forte necessidade ou carência das pessoas se falarem. Para isso, então, os contatos virtuais surgiram para favorecer conversas até com quem não se conhece pessoalmente, isso, em qualquer hora do dia ou da noite. Lembrei-me do nome de um filme: “Assim caminha a humanidade”. Para o futuro promissor da evolução científica e tecnológica da mui amada trivialidade.

 

Altino Olympio

 

 

 


 

 

 



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