06/08/2018
Pressão arterial panaceia

A minha memória gosta de me irritar. Eu aqui estando quieto feliz por não ter o que fazer e escrever e não ter com quem conversar (risos), ela me vem com lembranças lá do passado do ano 1989. O passado de quando estive em São Paulo na Rua Conselheiro Crispiniano no escritório de um maçom que é advogado. Como abria a boca e bocejava quase sem parar, ele disse para mim e para o amigo que estava comigo, que, eram os “guias espirituais” dele presentes à sua volta. Eu olhei e não vi nada (risos). Lembrando desse fato fiquei a pensar que algum “encosto” me persegue, porque, parece que ele fica me sussurrando ao ouvido coisas para eu escrever. Até parece que é ele quem escreve e não eu.

Desta vez o encosto me encostou num assunto que me é intrigante. Por que como sendo uma panaceia a pressão arterial “tem que ser” de 12 x 7 (8) (ou 120 x 70) para todas as pessoas, independente de suas idades, dos seus pesos, alturas, raças e etc.? Isso já foi tema de muitos debates e parece mesmo que a medida 12 x 7 continua sendo a ideal, a padronizada. Mas, a pressão arterial ideal não poderia se diferente para pessoas diferentes em suas constituições fisiológicas? Cada qual não teria uma pressão específica que mantivesse sua saúde normal diferente das 12 x 7que é estipulada pela medicina? Mas, seria possível detectar qual seria a pressão ideal para cada um em particular? Ainda não. Talvez no futuro se detecte.

É bom lembrar que muitas pessoas, mesmo com a pressão alterada acima da média, acima da considerada normal, elas vivem até suas idades bem avançadas sem serem afetadas por enfermidades causadas por suas pressões arteriais. Atualmente, quando se descobre que as pessoas estão com a pressão arterial um pouco acima da desejada pela medicina, elas são apavoradas e são “acalmadas” com medicamentos para “tratamento” (ou melhor, controle da pressão) da hipertensão sob os aplausos alegres da indústria farmacêutica. Isso porque, como dizem que pressão alta não tem cura, os medicamentos são para até o fim da vida. E tomara que as pessoas receitadas com remédios para pressão alta não morram logo porque isso entristeceria muito a indústria farmacêutica. Tenho a impressão que a pressão alta impressiona muito quem de fato tem medo de ter um infarto.

Altino Olympio

Saudações, Fr Altino!

Bem colocada a sua reflexão sobre a questão da pressão arterial. Parece-nos que os parâmetros de avaliação de fato devem levar em consideração cada pessoa com as suas peculiaridades, idiossincrasias, etc. Mas, como o Frater bem colocou, há uma indústria “cobiçosa” por trás disso tudo, principalmente nos dias de hoje.

Grande abraço, bom fim de semana!

Oswaldo Muhlmann Junior


Altino Olympio

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