27/05/2019
Homem, o dominador

Às vezes a memória me traz lembranças que pareciam esquecidas. Lembrei-me de quando criança várias vezes havia visto homens chicoteando os cavalos que puxavam suas carroças. Era corriqueiro, então, ninguém se importava com isso. Mas, eram cenas de sofrimento infringidas aos animais. Um homem chicoteando um animal deveria trazer à mente que ele, o “ápice” da criação estava representando sua superioridade diante de uma criatura inferior, mas, ninguém pensava sobre isso. Contudo, isso se “explica” na Bíblia em Gênese no Capítulo Um: Deus cria esta terra e seu céu e todas as formas de vida em seis dias... ... “Ao homem é dado domínio sobre todas as coisas e criaturas” e ele recebe mandamento de se multiplicar e de encher a Terra.

De fato, desde então até hoje são notáveis os feitos do homem neste mundo. Tem exercido o domínio sobre outras criaturas e de todas as coisas para seu sustento, sua sobrevivência e conforto. Mas, ele não se conteve em só ter domínio sobre as criaturas inferiores. Exerceu também domínio sobre outros homens, seus semelhantes. Isso é uma mancha, uma vergonha para a história da humanidade. Homens escravizaram homens. E hoje em dia o homem ainda explora o homem. Também, tido como a criatura mais perfeita de Deus, o homem mente pra homem, o homem engana o homem.

Na Guerra de Secessão (separação) ou Guerra Civil Americana travada entre 1861 e 1865 nos Estados Unidos e ocasionada pela questão da escravidão deixou o saldo de 600 mil americanos mortos. De um lado da guerra esteve os confederados que eram escravagistas do sul que combateram contra os soldados da União que era contra a escravidão. Com a derrota da Confederação a escravidão foi abolida no país americano.

Transcrito da internet, abaixo está uma triste historia daquela guerra civil e de como surgiu à famosa música “O toque do Silêncio”.

Altino Olimpio

Sabe-se que tudo começou em 1862, durante a Guerra Civil Americana, quando o Capitão Robert Ellicombe do Exercito da União estava com seus homens perto de Harrison’s Landing, na Virginia. O Exercito Confederado estava do outro lado de uma estreita faixa de terra. Durante a noite, o Capitão Ellicombe ouviu os gemidos de um soldado caído, gravemente ferido, no campo. Sem saber se era um soldado da União ou um Confederado, o Capitão decidiu arriscar sua vida e trazer o homem atingido para cuidados médicos. Arrastando-se deitado em meio ao tiroteio ele o alcançou e começou a puxá-lo em direção ao seu acampamento. Quando finalmente alcançou suas linhas descobriu que o soldado era na realidade um Confederado, e que ele havia morrido. O Capitão acendeu uma lanterna e na obscura luz viu a sua face. Era o seu próprio filho. O rapaz estava estudando música no Sul quando a guerra começou. E sem falar com seu pai, alistou-se no Exercito Confederado.

Na manha seguinte, o Capitão pediu permissão aos seus superiores para dar a ele um funeral com honras militares, apesar de ser um soldado inimigo. Seu pedido foi apenas parcialmente atendido. Ele solicitara que alguns membros da banda militar pudessem tocar um hino para o funeral, mas os comandantes não concordaram, uma vez que o soldado era um Confederado. Mas, por respeito ao pai, eles lhe ofereceram só um músico. O Capitão escolheu um corneteiro. Pediu a ele para tocar uma série de notas musicais que havia encontrado em um pedaço de papel no bolso do uniforme do seu filho. Nasceu então à triste melodia executada em serviços funerais militares e que conhecemos como Toque do Silêncio.

 

As palavras são:

O dia se foi. Foi-se com o sol. Dos lagos, das colinas. Do céu.

Esta tudo bem. Descanse a salvo. Deus esta aqui.

Luz desvanecente. Escurece a visão. E uma estrela. Adorna o céu. Cintila brilhante. De bem distante. Delineando aqui. Cai à noite.

Agradecimentos e elogios. Por nossos dias. Sob o sol. Sob as estrelas. Sob o céu. À medida que vamos. Isso sabemos. Deus esta aqui.

 

O toque do silêncio

https://www.youtube.com/watch?v=VaTA3LG5h0w



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