13/05/2020
Somos prisioneiros do tempo

O tempo é como um rio que passa, mas, sem ter suas margens por onde possamos ficar para vê-lo passar. Mas, nunca o vemos porque ele é oculto e mesmo traiçoeiro, pois, só o percebemos através das transformações ou mudanças que ele nos provoca e ocorre na nossa aparência. A humanidade o dividiu em passado, presente e futuro. Passado e presente sempre deixam de existir e o futuro sempre estará além de qualquer presente de qualquer época em que vivam os seres humanos. Assim que nascemos já embarcamos no tempo. Dependendo de cada um, a viagem pode ser prazerosa ou sofrida, mas, de qualquer forma o tempo é quem conduz todos até a morte quando é o fim dele para quem morre.

Quando éramos crianças queríamos que o tempo passasse depressa para que nós logo ficássemos adultos. Quando já há muito tempo sendo adultos queremos que o tempo passe bem devagar para atrasar a velhice. E quando ela vem nos parece que ela chegou muito depressa sem nós percebermos. E ela além de nos desfigurar inevitavelmente nos leva a ter problemas de saúde, sendo enfraquecidos, muito esquecidos, sofrendo de surdez e também tendo visão fraca. Aquele andar muito lento de alguém, como diziam, significava que ele “já estava no bico do corvo” (risos).

A eternidade não nos existe porque nós morremos antes dela chegar e também, parece que ela nunca chega mesmo para quem venha a nascer daqui a mil anos, pois ela sempre estará adiante de qualquer tempo de qualquer época futura. Entretanto, a eternidade não é tão inacessível assim. Em livros e filmes de romance vimos que casais muito apaixonadas juraram se amar até a eternidade. Assim a realidade perde a sua autoridade.

Entende-se que a eternidade seja o tempo infinito. Nós que temos o início, o meio e o fim de nossas vidas somos finitos no ininterrupto decorrer do tempo. Lembrei-me agora da letra do começo de uma música muito antiga que é pertinente aos casais que se amam:

“Sei, quando o tempo passar

Ninguém mais vai lembrar

Que nós dois existimos...”

Altino Olimpio

 



Leia outras matérias desta seção
 » Opiniões ou conclusões impopulares
 » Turismo na UPA de Perus
 » A solução
 » No mundo existem crédulos e incrédulos
 » Joana d’Arc (1412 – 1431)
 » Foram tempos de fascinação
 » Não vou, é muito longe
 » Somos acúmulos do que mentalmente recepcionamos
 » Quando a vida é bela ou cor de rosa?
 » Reflexões 
 » Só sei o pouco que sei e mais nada
 » Conversa entre amigos do antigo Orkut
 » O “me engana que eu gosto” é sempre atual
 » A mulher do ai, ai, ai
 » Quando nós seremos nós mesmos?
 » Viver muito cansa?
 » A aventura de viver
 » Esquecidos, o céu, o sol e a lua 
 » Uma lembrança que a memória não esqueceu
 » Tempos felizes de molecagens

Voltar