18/05/2021
Nós sempre somos consequências

As vidas de todos nós têm as suas fazes. Fomos crianças, jovens, adultos e fatalmente seremos velhos como muitos já o são. Para cada fase de nossa existência lhes existiram pertinentes os seus entretenimentos, suas necessidades, suas responsabilidades e seus comportamentos. Todas aquelas fazes anteriores da velhice tiveram os seus “componentes”, aqueles que faziam com que a vida não se tornasse monótona: Desejos, ambições, ilusões, sexo, paixão, vaidade, orgulho, superstições, medo, crenças, querer ter, querer ser e etc. e tudo contribuindo para um viver tido como normal.

Para os velhos que agora se prefere dizer “para os idosos”, até inventaram a tal da “melhor idade” para os mais ingênuos acreditarem nessa “tramóia” de inversão de valores das fases das idades. Nessa pandemia atual, no início dela se me lembro, como foi divulgada pelos especialistas, ela tinha preferência em infectar primeiro aqueles que já estavam na melhor idade (risos). Eles tinham a melhor idade para serem vítimas dos vírus da pandemia. Muitas pessoas já devem ter lido ou ouvido dizer, ficção ou não, que existe uma intenção de provocar uma diminuição da população mundial por aqueles que mesmo sendo desconhecidos governam o mundo.

Se isso algum dia se tornar realidade, talvez a diminuição da população comece pelos que estão naquela melhor idade, que é pior para eles (risos). Eles são aqueles que já não contribuem com os serviços ou trabalhos para a sociedade. Muitos deles já perderam suas ilusões e muitos até dizem que as suas vidas estão sem graça. Sem compromissos com a sociedade suas vidas se tornaram uma rotina. Até se sentem como cantou o Saudoso Raul Seixas: Sentados no trono de seus apartamentos com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar (risos).

Enquanto se tem responsabilidades, se tem necessidades, deveres e se vive de ilusões, tudo isso e mais torna a vida prazerosa. Quando com o passar do tempo a velhice traz (quando traz) reflexões sobre a vida, quando não houver mais responsabilidades, necessidades e ilusões, muitos até se tornam conscientes da futilidade que possam ter sido as suas existências. Se bem que, alguém já descobriu de verdade qual seria a utilidade e a finalidade da existência? Entretanto, isso já é um tema para quando os seres humanos venham a ter uma consciência superior a que eles têm atualmente.

Altino Olimpio



Leia outras matérias desta seção
 » Opiniões ou conclusões impopulares
 » Turismo na UPA de Perus
 » A solução
 » No mundo existem crédulos e incrédulos
 » Joana d’Arc (1412 – 1431)
 » Foram tempos de fascinação
 » Não vou, é muito longe
 » Somos acúmulos do que mentalmente recepcionamos
 » Quando a vida é bela ou cor de rosa?
 » Reflexões 
 » Só sei o pouco que sei e mais nada
 » Conversa entre amigos do antigo Orkut
 » O “me engana que eu gosto” é sempre atual
 » A mulher do ai, ai, ai
 » Quando nós seremos nós mesmos?
 » Viver muito cansa?
 » A aventura de viver
 » Esquecidos, o céu, o sol e a lua 
 » Uma lembrança que a memória não esqueceu
 » Tempos felizes de molecagens

Voltar