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Maio de 1987
Marajás em Caieiras?

Os vereadores componentes do Grupo dos Sete (7), Afdóquia Chaib Ferreira Neves, Antonio Romero Pollon, Aparecido Correa de Campos, José Lira Guedes, Milton Valbuza Silveira, Nelson Urtado e Névio Luiz Aranha Dártora, baseados nos artigos 29 e 30 e seus respectivos parágrafos e incisos, da Lei nº 5.249, de 09 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre A Ação Pública de Crimes de Responsabilidade, torna público o esclarecimento, com relação a matéria publicada nas páginas 1, 4 e 5 da edição nº 553 de 09 à 15 de Maio de 1987, na Folha Regional, como segue:

1) Os vereadores Aparecido Correa de Campos, Nelson Urtado e Névio Luiz Aranha Dártora, são funcionários efetivos, através de Concurso Público, há mais de 10 (dez) anos na Prefeitura Municipal de Caieiras;

Aparecido Correa de Campos, por exercer o cargo de vereador à Câmara Municipal de Caieiras, por não ser da "ala do prefeito", sofre perseguições do alcáide, desde 1983. Por ser um vereador combativo e que luta em pról da população mais carente, fazendo sérias observações à Administração Municipal do Prefeito Nelson Fiore, foi colocado à disposição do Gabinete do Prefeito.

Não contente com isso, o Prefeito determinou que cumprisse sua carga horária, diariamente, no Cemitério da Paz, localizado no bairro do Morro Grande, localizado há mais de cinco (5) quilômetros do Paço Municipal. O vereador não recebia ajuda de custo e nem condução para se dirigir ao local de trabalho.

Para "amenizar" um pouco o sofrimento do vereador Aparecido, o prefeito reconsiderou, e, confinou o vereador Aparecido a um cubículo de 1x1 (um por um), no fundo da garagem da Prefeitura, local mais conhecido como Chiqueirinho.

Hoje Aparecido, ganha por volta de Cr$ 9.000,00 (nove mil cruzados) e contesta o título de possível Marajá, uma vez que existem dezenas de Marajás na Folha de pagamento da Prefeitura, e que não é dado conhecimento ao público.

Nelson Urtado, também exerce o cargo de vereador á Câmara Municipal de Caieiras, e não pertence a "ala do prefeito", outro elemento que sofre perseguições políticas, desde 1983. Seu trabalho em pról da classe trabalhadora tem ofuscado os outros vereadores da "ala do prefeito" e com isso tem gerado um descontentamento.

Chamado várias vezes ao Gabinete do Prefeito, recebeu instruções para modificar o seu comportamento e enquadrar-se na "ala do prefeito", sob ameaça de uma constante perseguição.

Por não atender as "ordens do chefe", foi também colocado à disposição do Gabinete (Nelsinho completou 18 anos de serviço público), Confinado ao conhecido Chiqueirinho, nos fundos da garagem da Prefeitura Municipal de Caieiras.

Nelson Urtado é funcionário há 18 anos. O mais antigo funcionário da Administração Interna, com uma folha de serviço digna dos maiores elogios. Recebe, mensalmente, Cr$ 9.000,00 (nove mil cruzados), importância bastante pequena, em relação aos 18 anos de serviço prestado à população caieirense. Se ganhar esse salário é ser Marajá, então qual é o adjetivo para os vereadores Marajás da Folha de Pagamento do Gabinete do Prefeito?

Névio Luiz Aranha Dártora, também ganha por volta de Cr$ 9.000,00 (nove mil cruzados), mas não presta serviços na Prefeitura Municipal de Caieiras, por ter sido colocado à disposição do INAMPS pelo próprio Prefeito Nelson Fiore, conforme Portaria nº 2841 e ofício nº 493-86 de 02/05/86. Exercia o cargo de Administrador do Centro Esportivo Municipal. As perseguições por que passou e ainda passa, já data de 1983, também por não concordar com as distorções e irregularidades da Administração Municipal, ser contra os projetos de leis que não atendiam os reais interesses da população. Névio contesta o título de possível Marajá, porque não fez parte da Folha de Pagamento do gabinete do Prefeito, onde realmente existe uma "folha milionária". Quanto aos pedido de emprego, o vereador Névio também contesta, ressalvando que uma sua parenta (prima) já é funcionária-efetiva da Prefeitura, há mais de 10 (dez) anos.

Esses vereadores Aparecido Correa de Campos, Nelson Urtado e Névio Luiz Aranha Dártora, sofreram e sofrem todos os tipos de perseguições (como ficou demonstrado acima), principalmente, porque não cederam as Pressões do Prefeito Nelson Fiore (por ser eles funcionários), a aprovarem um aumento absurdo no seu salário e fixado em salário mínimo, o que foi negado pelos vereadores.

Hoje, o salário do Prefeito é fixado em Cruzados e o aumento é feito de acordo com os índices fixados para o funcionário público municipal, o que é de justiça.

Esses mesmos vereadores, desafiam o "autor" ou "autores" da matéria Injuriosa a relacionar os parentes e apadrinhados existentes na Prefeitura de Caieiras.

Antonio Romero Polon, homem íntegro de conduta ilibada, nunca foi funcionário público municipal, nem estadual, nem federal.

Exerceu cargos de chefia por 20 anos em uma Metalúrgica em São Paulo e trabalhou por 16,5 anos em uma subsidiária da Cia. Melhoramentos de São Paulo (Caieiras), cumprindo, portanto, 36,5 anos de serviços com registro em carteira.

Foi vereador entre 1973 e 1976, quando ainda nem se pensava em remunerar o vereador. Não tenho nada contra o funcionário público, aliás, sou contra as injustiças cometidas contra ele.

Marajá para o vereador Antonio Pollon são os forasteiros contratados pela Prefeitura de Caieiras, que recebem altos salários, por nada fazerem. São de fora, e só vêem aqui buscar o dinheiro dos impostos pagos pelos moradores de nossa cidade.

Esclarece ainda o vereador Pollon ao "autor" da matéria: Uma das poucas virtudes do Homem e da Mulher é falar a verdade, principalmente as pessoas que nos confiam cargos de responsabilidade, isso é o que procuro fazer.

Afdóquia Chaib Ferreira Neves (Doca), apontada como tendo duas filhas no Estado, contesta. Tenho uma única filha trabalhando como funcionária pública. Prestou concurso, concorreu com mais de mil candidatos e passou em 3º (terceiro) lugar, graças aos seus méritos, não através de "cabide de emprego" como costuma o prefeito Fiore fazer na Prefeitura de Caieiras.

Afdóquia vai mais além, meu nome e de toda a minha família é inatácavel e inatingivel, como bem sabe a população de Caieiras, mas existem certos forasteiros por aí, que têem muito que contar a respeito do seu passado.

José Lira Guedes, também contesta as acusações dizendo não ter nenhum parente na Prefeitura. Lira garante que esse tipo de acusação é um plano maquiavélico do prefeito, para poder salvar o seu nome, alias, o povo não vê a hora que o alcaide deixe a prefeitura, onde mantém os verdadeiros Marajás escondidos na Folha de Pagamento do Gabinete.

Milton Valbuza Silveira, acusado de ter irmão na municipalidade rebate: "tenho sim, meu irmão é Genro do Prefeito e não fui eu que o coloquei alí.

Quanto a minha esposa, ela realmente deixou as funções públicas, porque o senhor prefeito queria "barganhar" seus interesses com as funções de minha esposa, como não aceitamos e também não compactuamos com esses negócios sujos ela demitiu-se.

Milton Valbuza diz "Senhor arcaide municipal, Marajás tem na Prefeitura de Caieiras, se é que podemos chamá-la de Prefeitura, atualmente.

Quem os criou foi sua Senhoria - Prossegue Milton, com suas promessas nas portas de igrejas, e ao longo das ruas quando carregava andores nas Missões. Escrevendo bobagem é fácil, pois uma folha de papel aceita qualquer coisa, mesmo vindo de um analfabeto. Gostaria que Vossa Senhora publicasse a pura verdade para esclarecer ao povo que elegeu, por exemplo:

1 - Seu Salário;

2 - Salário do Sr. Padre José que "mama" nas gordas tetas da URCASA, a qual sua Senhoria injeta muitos milhões de cruzados todos os meses, sem retorno;

3 - Salário de todos os seus Assessores e Apaniguados;

4 - Salário de seu Chefe de Gabinete, Walter Soares Fonseca;

5 - Os polpudos Salários dos contratos que Sua Senhoria ajeitou para seus "compadres" (advogados de São Paulo e adjacências);

6 - Quanto sua Senhoria gasta mensalmente com Banquetes do Espetão, para sustentar o seu "bando" de Marajás;

7 - Falar a verdade quanto as obras que V.Sa., mencionou, se foi com recursos próprios ou recursos do Governo do estado.

Por final, peço a Sua Senhoria que procure se conscientizar com relação ao cargo que ocupa atualmente, e respeite o povo caieirense, agradecendo-os pela oportunidade que lhe foi dada, para dirigir (?) nosso município. Foi eleito para realizar obras e não dizer mentiras, desafio-o à publicar, senão publicarei eu as verdades - finalizou Milton Valbuza Silveira.

Para encerrar, o Grupo dos 7, e sete não é conta de mentiroso, pois mentiroso é quem escreveu tanta besteira, formado por Afdóquia Chaib Ferreira Neves, Antonio Romero Pollon, Aparecido Correa de Campos, José Lira Guedes, Milton Valbuza Silveira, Nelson Urtado e Névio Luiz Aranha Dártora, contestam mais uma vez todas essas acusações, e vão mais além:

"A matéria além de Injuriosa é uma demonstração de que estamos defendendo o povo, tudo aquilo que foi escrito a mando do prefeito, é uma grossa mentira. Veja por exemplo: ele diz que a cidade conta com 95% de iluminação. Só se transformou Caieiras em Jardim da Luz, pois 6% da área do município é área verde e não há habitação.

Escolas, Merenda Escolar, ruas e avenidas pavimentadas não foram construídas com recursos próprios da prefeitura e sim com Verbas do Governo do Estado.

O Grupo dos Setes, acusa ainda: A política do empreguismo é próprio do prefeito Nelson Fiore, que nesses 4 anos de mandato, mostrou-se incompetente para Administrar Caieiras, como bem frisou o vereador Milton Valbuza.

A matéria que sabemos, foi elaborada pela Assessoria do Prefeito não mencionou a verdadeira "estória" dos apaniguados e parentes de vereadores que trabalham na Prefeitura, como por exemplo de Assis Crema, Vanda Matiazzo, Daniel Donha, Pedro Sérgio Graf Nunes, João Henrique de Macedo Mendes e Edson Martins, vereadores que defendem o prefeito e propositadamente tiveram seus nomes omitidos pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura, na matéria mentirosa publicada na aludida edição da Folha Regional.

Jornal Folha Regional

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