13/12/2019
Somos o que pensamos?

Nossos pensamentos dizem quem nós somos A criança quando vem ao mundo ela nada distingue do que está a sua volta. Tudo o que seus olhos enxergam lhe é obscuro. Seu cérebro ainda é “virgem” e totalmente isento de memória, seja de visões e de sons. Quando a criança nasce, seu cérebro é como se fosse um livro com todas as páginas em branco.

Com o passar dos dias ele vai se habituando aos sons e as imagens que percebe e assim vai iniciando o preenchimento do seu cérebro, o livro de sua vida. A partir de então tudo o que for sendo registrado pelo cérebro da criança até a fase adulta de sua vida é o que comumente entende-se como sendo o seu condicionamento. Condicionamento nada mais é do que a formação da consciência. Todo o acúmulo de nossa memória com os pensamentos que ela nos produz e nos induz a pensar se traduz no que nós somos ou pensamos ser.

Repetindo, tudo o que registramos em nosso cérebro pode ser o “tamanho”, a extensão de nossa consciência. Buda disse que o que somos é consequência do que pensamos. Se assim é, sempre alguém “deixa de ser alguém” quando perde a memória e a consciência por sofrer alguma lesão no cérebro ou estar sofrendo da doença do Mal de Alzheimer já frequente nestes dias. Parece que o “quem se é” se resume em tudo o que foi vivido durante a vida e registrado pelo cérebro em pensamentos.

Estes, que não se consegue paralisá-los, eles surgem e ressurgem como e quando querem. De um modo distorcido eles aparecem e até criam os nossos sonhos. Os pensamentos quando vão se sucedendo um após outro, eles se parecem com trechos ou “trailers” de filmes. Sempre que nós nos concentramos, nos delongamos num pensamento qualquer nós nos tornamos absortos e até distraídos de nós mesmos. Quem nos vê nesses instantes percebe que estamos distantes. Se nós somos tudo o que fomos e que está memorizado pelo cérebro, tal acervo mental deve ser donde se origina e se processam os pensamentos.

Comumente, tudo em que pensamos já existiu. Só o nosso corpo é quem sempre vive no presente enquanto o pensamento sempre divaga pelo passado. O corpo e o pensamento “vivem em tempos diferentes” e nunca são simultâneos. Como nada temos registrado do que ainda vai nos acontecer no futuro, ele não nos abarrota com os seus pensamentos como o passado nos tem abarrotado (risos).

Bom mesmo para o futuro são as esperanças, mas, esperanças são ausências. Entretanto, o futuro pode ser atraído para o presente pelos adivinhos, pelas cartomantes, pelas “Cartas do Tarô” e etc. Sendo assim o futuro está deixando de ser imprevisível.

Altino Olimpio



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