Tirei férias das caminhadas matinais em 2009. A culpa foi da unha do meu dedão do pé que ficou preta e demorou um ano inteiro entre cair e nascer outra no lugar.
Gosto de caminhar pela Afonso Pena e também dentro do Parque das Nações Indígenas, criado há vários anos pelo Governador Pedro Pedrossian. E foi lá, após ausentar-me por um longo ano, embasbacado pela natureza cada vez mais pródiga, que tive inspiração para escrever estas palavras.
Não quero falar do Pedrossian político, pelo fato de eu ter pouco conhecimento e este não ser o foco desse artigo. Quero sim falar do visionário e ousado administrador que Mato Grosso do Sul teve, há poucos anos atrás, que certamente já passou para a história como um grande realizador de obras.
Nosso majestoso parque situa-se em área nobre, praticamente no centro de Campo Grande. Sou sabedor dos dissabores e prejuízos ocasionados aos antigos proprietários por ocasião das desapropriações. Inconformados que estão até hoje pelo preço pago, lhes dou total razão, afinal este patrimônio fosse talvez a poupança de toda uma vida. Peço, portanto, antecipadas desculpas se ofendidos se sentirem com essa homenagem.
Mas como cidadão, Engenheiro Agrônomo e amante da natureza, não posso deixar de expressar minha opinião. Estou certo, que caso não tivesse tomado esta corajosa decisão, lá atrás, jamais teríamos o privilegio de ver implantado no coração da nossa capital, o maior parque em perímetro urbano do mundo, segundo o Google. E isso não é pouca coisa!
A exuberância da floresta nativa margeando o caudaloso córrego Prosa, mesclada com árvores plantadas das mais variadas espécies, nos dá a densidade ao que podemos chamar de um verdadeiro parque de lazer. Algumas frutíferas como goiabeiras, mangueiras, abacateiros, pitangueiras, jabuticabeiras, jaqueiras, e outras; além de sombra, nos brindam com seus saborosos frutos ao longo das caminhadas - em diferentes épocas do ano.
A riqueza florestal, aves de cantos mil e alguns animais selvagens, tais como capivaras, cotias, tamanduás e outros, emolduram um cenário de grande magia que faz bem à alma e nos enche de orgulho! É um privilégio usufruir deste paraíso encravado no coração da nossa Capital Morena!
Governador Pedro Pedrossian, o senhor já deve estar beirando oitenta anos e desejamos que tenha muitos anos pela frente ainda. Permita-me, portanto, solicitar a algum vereador de plantão que abrace esta minha sugestão: mudar já o nome de nosso parque para “Parque Governador Pedro Pedrossian”. Digo já, porque o senhor deveria, ainda em vida, descerrar a placa de seu busto contemplando para toda eternidade, juntamente com as gerações futuras, esta jóia que nos deu de presente.
O pensamento abaixo traduz em poucas palavras o que realmente vejo no senhor como um visionário administrador. Estou certo, que nosso parque será como o vinho: quanto mais o tempo passar mais charmoso, reconhecido e dadivoso se tornará. Aqui está o pensamento:
“Visão sem ação é passatempo,
Ação sem visão é sonho
Mas visão com ação muda-se o mundo!”
E VIVA O PARQUE “GOVERNADOR PEDRO PEDROSSIAN”!
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