12/05/2025
Dia de que mesmo?

Dia de que mesmo?

 

Abro a porta e eles entram carregados, de pacotes, comidas, bebidas e a alegria entra junto com todos!

Chegou o tempo que os netos já cozinham e ajudam com seus pratos preferidos nos encontros da família…

Descanso para a mãe e para essa avó aqui que confessa, já não tem tanta rapidez para cozinhar para o batalhão que se reúne nas datas festivas em minha casa.

Difícil é reunir todos quando se tem um prole grande como é a minha, distribuída por outros países desse mundão de meu Deus, mas mesmo quando faltam alguns as nossas reuniões são bastante divertidas e ecléticas … agora já não somos os adultos e eles as crianças, ou jovens adolescentes, agora eles têm idade é uma certa vivência que permite entrar em assuntos polêmicos, onde as opiniões divergem bastante de nossas ideias de pais e avós, no meu caso até bisavó, e nós já vamos entendendo que de repente ficamos obsoletos!?

O que a vida nos ensinou e os erros que cometemos nos trazendo maiores experiências, agora são discutíveis!

Então eu olho em volta e o que vejo e ouço são os jovens pais, tios, nos julgando, nos dizendo na cara sem cerimônias que nossos acertos, são questionáveis… até minha jovem filha, avó fresca de uma criança bem pequenina, é julgada…acredito que eles acham que nós não estamos antenadas com as mesmas informações que eles buscam nas redes sociais, mas que pela experiencia de quem já criou e ajudou criar, crianças a dar com pau, podem perfeitamente saber o que pode dar certo e o resto que é pura teoria baletica. ( derivado de balelas)!

Limitei-me depois de algum tempo a ouvir … discutir pra que?

O que senti? 

Pena, uma grande pena de meu bisnetinho que está sendo criado por um lado como uma criança raiz ( sem frescura) aqueles cuidados e mimos das avós … e por outro lado, não pode isso, não pode aquilo, pois não é porque para nós, as velhas balzaquianas, deu certo na criação deles, os super pais de hoje, que eles agora não possam fazer melhor!

Perguntei se nossa experiência de vida não servia para ajuda-los em nada e a resposta foi, quando for pedida a sua opinião vc pode dar…!

Até para alguém lerda como eu, entendi que o meu papel nesse momento da vida é apenas assistir de camarote os heróis criarem super crianças !

Confesso que foi um dia ímpar para mim!

Depois, quando o silêncio reinou novamente em meu castelo, eu refleti bastante… as lágrimas insistiam em descer pelo meu rosto, mas eu não quis vestir a fantasia da “ coitadinha”, da bisavó dispensada , e entendi finalmente que a matriarca da família agora tem um outro papel: o de assistir, o de calar suas opiniões, pois eles não a pediram e afinal … eu sou a BISAVÓ, a balzaquiana…

Realmente melhor ir andar na praia. 

Rir com eles e não deles. 

Pois essa vida gente, é realmente TRAGICÔMICA. 

Selma

 

 



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