Os micos que pagamos na vida !
Estive lembrando num dia desses de algumas situações de vergonhas que já passei ou presenciei. Então resolvi contar pra vocês.
Vou começar pelas peripécias de meu filho Matheus que quando estava com seus 3 anos de idade, hoje está com 45 anos, era uma criatura com a língua afiadíssima…ele não gostava nem um pouco de ir à escola e tentava usar todos argumentos inimagináveis para não comparecer. Numa noite fui coloca - lo para dormir e fazendo a oração noturna, ao ouvir a palavra “Deus” ele veio com essa pergunta: “ mãe, Deus foi na escola”?
Eu surpresa com a pergunta respondi: “ não Matheus, Deus não foi à escola, ele já sabe de todas as coisas”!
Então ele disse: “ então, eu também não preciso ir porque sou filho dele e já sei de tudo”…dizer o que diante disso?
Nas férias escolares, levei os meus filhos para São Paulo na casa de minha mãe… a novidade do momento, é que iriam viajar de ônibus, coisa que nunca tinham feito. Eles adoraram e minha mãe quis que tivessem experiências inesquecíveis, então planejou passeios diferentes, entre eles uma visita ao Museu do Ipiranga… as meninas amaram tudo o que viram, mas o Matheus quando foi questionado pela minha mãe se tinha gostado do que vira respondeu: “ eu não gostei de nada, só tinha coisa velha nesse lugar! Eu quero andar de ônibus, mas naquele que anda com as duas mãos no fio…”
Minha mãe: como assim? Que ônibus é esse? Ele explicou novamente: “ eu vi um ônibus que levantou os braços e colocou as mãos no fio…” era o trolei-bus ( ônibus elétrico). Ele nos fazia rir muito.
Num outro dia, fomos passear na rua 25 de Março e eles amaram pois ali puderam comprar brinquedos, que a avó fez questão de deixar ele e as meninas escolherem a vontade. Fomos também no Mercado Municipal, onde eles comeram um porção de coisas que nunca tinham visto, principalmente aquelas “ porcarias que as mães detestam”, mas a avó é estava no comando naquele dia.
Saindo de lá, passamos na Praça da Sé, que na época, tinha muitas barraquinhas daquelas que vendem coisas do Norte e Nordeste e foi aí que minha mãe resolveu que eles deviam provar caldo de cana… la tinha também aquelas “rapaduras” e Matheus ficou muito interessado. O dono da barraca deu um pedacinho para eles provarem e ele adorou, insistindo para que eu comprasse.
Eu fui logo dizendo pra minha mãe: “ nem invente de comprar esse tijolo de açúcar pelo amor de Deus”. Mas claro que ela nem ligou pra mim e comprou a rapadura. Eu fiquei brava e disse pra ele: “ vc não vai comer isso agora”!
Quando já estávamos no ônibus indo para a casa de minha mãe, que nesse horário já estava lotado de trabalhadores, eu fui sentar com as meninas longe dele que ficou atrás com a avó, eis que depois de uns 20 minutos de viagem, ele grita lá de trás para mim: “ mãe, eu posso comer o tijolo agora”?
Da pra imaginar o que aconteceu né?
O povo todo que estava lá caiu na risada e eu fiz de conta que não conhecia aquele pestinha.
Ele nos deu muito trabalho nessa época em termos de escola, tendo inclusive que ser retirado algumas vezes da sala de aula, por perturbar a professora, e numa desses vezes, estando na sala da orientadora pedagógica, aproveitou se da distração dela e rasgou todos os cartazes que ela estava preparando… ela me contou que até chorou, mas mesmo assim, não desistiu dele…
Para que não gostava de escola, ele hoje é professor, mestre, doutor reconhecido internacionalmente, e nossa família costuma brincar com ele chamando-o de “ Semi-Deus”
As coisas mudam né?
Mico internacional
Na minha primeira viagem internacional levei meu neto número 1 , que na época estava com quase dois anos. Ele já não usava fraldas, mas na dúvida achamos melhor que ele viajasse com uma, pois poderia estranhar o banheiro do avião. E foi exatamente o que aconteceu… ele quis ir fazer xixi e se recusou a fazer na fralda. Quando entramos naquele banheiro minúsculo, fiquei atrapalhada para coloca- lo no vaso, não queria que ele se sentasse por questões de higiene, ele não conseguiu fazer em pé, estava com medo e desistiu. Ao sair do banheiro, esqueci de levantar as calças dele, carregando-o no colo e eis que ao passar pelo corredor, ele simplesmente faz xixi que voou tão alto, indo molhar a cabeça de um senhor que estava sentado. Dá pra imaginar a cena?
Eu queria morrer de vergonha.
Ainda bem que não entendia alemão pois fui muito xingada…sorte foi que uma brasileira me acudiu, se entendeu com o passageiro e me fez companhia até chegar na no nosso destino. Uma amizade que tenho até hoje.
Mas o mico jamais será esquecido… Victor o menino chafariz!
Uma vampira de respeito
Esse mesmo neto, já com 4 anos de idade em uma festa a fantasia da escola ficou encantado com a fantasia de um coleguinha que estava vestido de vampiro e usava aqueles dentes enormes como todo vampiro que se preza tem. Mas quando o garoto foi brincar de morder o pescoço de Victor ele simplesmente disse para o coleguinha: “ eu não tenho medo de você, minha avó tem um dentão de vampiro de verdade e nunca me mordeu”… fazendo alusão ao meu dente canino, que infelizmente não foi tratado na minha infância, ficando protuberante. Mas depois dessa passagem, pedi para minha dentista que serrasse a ponta, mas não muito, porque afinal como uma avó-vampira, eu preciso manter minha identidade.
Cadê a privacidade?
As pessoas que me conhecem bem, já sabem que posso ser muito distraída, e sinceramente quando me vejo em ambientes muito fechados e cheio de gente , fico um tanto perdida …
Foi numa dessas ocasiões que estando num shopping com meu marido, ele disse que iria ao banheiro e eu falei que iria aproveitar para ir também.
Nós dirigimos para o corredor onde eles estavam localizamos um ao lado do outro, meu marido entrou e eu sem perceber o que estava fazendo, entrei atrás dele. Foi um tremendo choque para todos os homens que estavam ali com seus devidos documentos pra fora e para mim que dei um grito e fiquei parada feito uma estátua sem ação… foi nessa hora que meu marido olhou pra trás e me viu: “pelo amor de Deus , o que vc está fazendo aqui”? Ele queria me matar pelo mico e eu saí do shopping o mais rápido que pude, para depois cair na risada. Realmente foi hilário ver aqueles homens todos olhando para minha cara…
De repente fiquei cega
De manhã quando acordo, não consigo raciocinar direito até tomar a minha dose matinal de cafeína, aliás nem gosto que falem comigo antes disso, pois estou ainda descendo das nuvens e no modo automático.
Foi numa manhã assim que ao levantar da cama, indo em direção do banheiro olhei pra frente e não vi minha imagem refletida no grande espelho que fica naquela parede.Estava tudo branco e eu em choque comecei a gritar : “ fiquei cega”!!!!
Minha filha que acordou assustada, veio correndo em minha direção e ao me ver com as mãos na parede repetindo a mesma frase falou: “ mãe, olhe para mim, você está me vendo”? “ Eu olhei para o rosto dela e a enxerguei. “ Mãe, vc se esqueceu que mandou trocar a moldura do espelho?”
Eu não estava cega… a parede era branca mesmo.
Ate hoje eles me zoam por causa disso.
Merda quente ?
Essa é recente
Um dia desses, eu estava conversando pelo WhatsApp com minha filha que mora nos US e ela me dizendo que tinha dores fortes na coluna, fui ensina- la a usar as pedras quentes nos lugares inflamados.
Acontece que na hora que digitei a palavra PEDRA, o corretor do telefone escreveu MERDA… e eu sem perceber, continuei escrevendo… “ você pode esquentar no micro ondas ou mesmo no fogão”
Ela: “ mãe???”
Eu : sim Daniele, da certo você vai melhorar
Ela: “ mãe olha o que vc escreveu”
Eu: “ Daniele eu sei o que estou ensinando”
Ela: “ MÃE EEEE… vc quer que eu use MERDA QUENTE”
Eu : “ tá louca”?
Ela: “ olha lá em cima o que vc escreveu…
Maldito corretor.
Ainda bem que não era uma das minhas clientes.
O rabo
E por último vou contar o mico de uma amiga que no dia que fui fazer exame para a carteira de motorista CPD, ela tbem estava lá.
Todos estávamos um tanto nervosos e aguardávamos sermos chamados num bar que tinha em frente onde ficava os examinadores.
Erna, era esse o nome dela, uma alemã daquelas tipo Fraulien, bem grandona, muito boa gente. Ela estava tão ansiosa que teve uma tremenda dor de barriga, minutos antes de ser chamada e ainda estava no banheiro quando o delegado gritou pela segunda vez seu nome. O instrutor correu até a porta onde ela estava, pedindo para ela sair o mais rápido possível e foi o que ela fez, mas na pressa a pobre enrolou a ponta do papel higiênico na cintura da calça que usava e conforme foi andando até o delegado o papel higiênico foi fazendo um rabo imenso atrás dela.
O delegado então perguntou se era esse o nome dela e se estava pronta para a prova, ela respondeu que sim, estava pronta e ele na maior cara de pau e grossura disse: “ antes porém a senhora faça o favor de tirar esse rabo de papel higiênico que trouxe até aqui”.
Ninguém ousou rir alto, mas a coitada da Erna, ficou roxa de vergonha.
Por sorte, apesar do mico, ela foi aprovada no exame.
E por hoje é só !!!!
Selma