Nestes dias em que o mundo parou por causa da pandemia do coronavírus, seria conveniente aproveitar os tempos em que não se tem o que fazer para refletir sobre muitas das atividades humanas que ficaram suspensas. Pensar em que muitas tradições desapareceram do cotidiano das pessoas sem que lhes afetasse a vida ou o viver neste planeta que continuou a existir independentemente de tais atividades tradicionais ou práticas extraterrenas.
Já houve outras pandemias no passado que exterminaram milhões de pessoas. Nas épocas delas, as atividades tidas como sendo além da física também devem ter ficado suspensas. Muitos devem ter constatado que não havia qualquer poder, físico, mental ou do além que tivesse podido evitar a quantidade de mortes. Também nesta nossa época nenhum poder sobrenatural pode servir de reduto contra a pandemia antes que a ciência descubra a vacina ou o antídoto para ela.
Entretanto, como antigamente aconteceram, as práticas públicas, verbais e psicológicas de devoção que foram “deixadas de lado” durante a pandemia, depois dela tais práticas voltam com mais ou menos interesse. Muitos dos nossos hábitos, costumes e tradições, como dizem os cientistas, são de nossa herança genética. Ou, fazem parte do inconsciente coletivo como entendeu o famoso e estudioso psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. Sendo assim, somos cativos dos aspectos que nos deixaram os nossos antepassados através da memória celular.
Altino Olimpio